quinta-feira, abril 26, 2012

De Parque de Ondas a Parque de Ventos

Ondas de milhões abandonadas 

 

Arrancou na Póvoa de Varzim, em Setembro de 2008. Com mais de dois anos de atraso, o projecto ‘Parque de Ondas da Aguçadoura’ era a grande aposta de Manuel Pinho, ministro da Economia do Governo de Sócrates. A iniciativa, que pretendia gerar energia a partir das ondas do mar, acabou por não resultar – e a infra-estrutura, que custou milhões, está agora ao abandono no porto de Leixões.

Por:Catarina Gomes Sousa


O projecto, avaliado em nove milhões de euros, teve uma participação de 15% do Estado. Foi então criada a Companhia da Energia Oceânica, uma empresa operacional com a participação da Enersis (à data, detida na totalidade pela Babcock & Brown) e da Pelamis Wave Power, que construiu a infra-estrutura. A EDP também entrou na iniciativa como parceira, já que é proprietária do cabo que transfere a energia do mar para a terra.

O primeiro projecto ‘Parque de Ondas da Aguçadoura’ não resultou, apesar da tentativa de reparação que levou a EDP e a Efacec a adquirir, por 2,5 milhões de euros, os 77% que a Babcock & Brown detinha. Assim, a empresa pública de energia ficou com a posição maioritária do consórcio. Meses depois, a Pelamis abandonou a iniciativa e foi substituída por outra empresa – que apresentou o ‘Wind Float’, um novo protótipo que ainda hoje funciona na Póvoa de Varzim. 

 

1 comentário:

Anónimo disse...

E o projeto "Wind Float" parece-me que vai pelo mesmo caminho. Mas é só uma opinião pessoal, pois não sou um entendido na matéria.
É que é raro ver as pás da torre a girar. Não me parece que esta tecnologia seja a mais eficaz, mas pode ser que esteja enganado.
Mas estes projetos pioneiros são mesmo assim. Podem resultar ou não...