Ondas de milhões abandonadas
Arrancou na Póvoa de Varzim, em Setembro de 2008. Com mais de dois anos de atraso, o projecto ‘Parque de Ondas da Aguçadoura’ era a grande aposta de Manuel Pinho, ministro da Economia do Governo de Sócrates. A iniciativa, que pretendia gerar energia a partir das ondas do mar, acabou por não resultar – e a infra-estrutura, que custou milhões, está agora ao abandono no porto de Leixões.
O
projecto, avaliado em nove milhões de euros, teve uma participação de
15% do Estado. Foi então criada a Companhia da Energia Oceânica, uma
empresa operacional com a participação da Enersis (à data, detida na
totalidade pela Babcock & Brown) e da Pelamis Wave Power, que
construiu a infra-estrutura. A EDP também entrou na iniciativa como
parceira, já que é proprietária do cabo que transfere a energia do mar
para a terra.
O
primeiro projecto ‘Parque de Ondas da Aguçadoura’ não resultou, apesar
da tentativa de reparação que levou a EDP e a Efacec a adquirir, por 2,5
milhões de euros, os 77% que a Babcock & Brown detinha. Assim, a
empresa pública de energia ficou com a posição maioritária do consórcio.
Meses depois, a Pelamis abandonou a iniciativa e foi substituída por
outra empresa – que apresentou o ‘Wind Float’, um novo protótipo que
ainda hoje funciona na Póvoa de Varzim.
1 comentário:
E o projeto "Wind Float" parece-me que vai pelo mesmo caminho. Mas é só uma opinião pessoal, pois não sou um entendido na matéria.
É que é raro ver as pás da torre a girar. Não me parece que esta tecnologia seja a mais eficaz, mas pode ser que esteja enganado.
Mas estes projetos pioneiros são mesmo assim. Podem resultar ou não...
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